quarta-feira, 31 de outubro de 2012

História de Nauru


Estima-se que os primeiros habitantes de Nauru eram, provavelmente, a junção étnica dos navegadores micronésios e melanésios. Em cerca de 1200 a.C., houve imigrações provenientes da China, através da orla costeira das Filipinas. Uma lingua, o nauruano, foi elaborada, embora contenha alguns dialetos que se aproximam do idioma nauruano. A composição dessa linguagem do grupo Malaio-polinésio, confirma a origem da população da ilha.
Doze tribos, divididas em 169 aldeias, são, então, na ilha: Deiboe, Eamwidamit, Eamwidara, Eamwit, Eamgum, Eano, Emeo, Eoraru, Irutsi, Iruwa, Iwi e Ranibok. Cada tribo possuía sua própria história, cada habitante da ilha alegava-se de uma tribo. No entanto, essas tribos não existem mais hoje em dia e o povo de Nauru usa os nomes para identificar os distritos onde vivem.
O britânico, John Fearn foi o primeiro europeu a chegar a Nauru em 1798. Ele batizou a ilha de Pleasant Island (Ilha Agradável) devido a boa impressão que tinha da ilha. Do seu barco, John Fearn observou os numerosos habitantes que estavam presentes na praia e concluiu que a ilha era populosa. Após esse contato, Nauru ficou isolada durante décadas.
Os primeiros europeus desembarcar na ilha e eram criminosos, desertores de navios baleeiros, piratas e contrabandistas.O contato com os europeus, levou a uma abertura cultural do Ocidente. Essa interação entre os dois mundos reflete-se na implantação de novos produtos: armas de fogo, álcool, ferramentas de metal, tabaco que as ilhas começaram a comercializar, o dinheiro conseguido pela comercialização aumentou. Isso levarou a uma ruptura da sociedade, que foi, também, dizimada por doenças incomuns: gripe, tuberculose, disenteria e outras doenças que atingiam o sistema imunológico deficiente dos Nauruanos.
A introdução das armas de fogo desequilibrou as relações de poder entre as tribos nauruanas e as discórdias esporádicas foram rapidamente sofrendo mudanças em uma guerra civil tribal.
A guerra desencadeou-se em 1878, quando um jovem líder foi morto acidentalmente a tiros. A expansão da guerra foi muito rápida. Depois do acontecido, cada família que portava uma arma de fogo queria se vingar. Contrariamente aos outros conflitos que já tiveram solução, não se encontrou uma solução para que não houvesse essa guerra. Uma forma de guerrilha começou a surgir, na qual, cada incursão em um território ou em uma vila, acontecia novas mortes em um pretexto para batalhas em que mesmo as mulheres e crianças eram mortas.
Seis anos depois, Frederick Joseph Moss, passando por Nauru a bordo de uma escuna, que carregavam copra, relatou que os habitantes eram amigáveis, embora todos os homens possuíam uma arma. O conflito ainda estava em curso, embora que havia um certo grau de exasperação dos Nauruanos: eles queriam cessar a guerra, mas nenhuma tribo confiava uma na outra o suficiente para colocar um ponto final nessa guerra. A única solução, admitida pelos nauruanos e William Harris, foi um desarmamento total e o estabelecimento de uma missão cristã que pudesse garantir a paz.
A instabilidade em Nauru não beneficiou o comércio, enquanto a Alemanha concordou em anexar a ilha em 16 de abril de 1888, para garantir o controle da paz, que terminou a guerra civil.
Nauru desenvolveu uma colônia alemã dividida em três etapas:
A primeira é o estabelecimento de esferas de influência alemã e britânica no ocidente e centro do Oceano Pacífico Através deste acordo, Nauru foi então, possuída pelos alemães em 6 de abril de 1886.
A segunda é a anexação oficial de Nauru em 1888.
A última fase aconteceu em outubro de 1888, em uma cerimônia de anexação onde a Bandeira da Alemanha foi implantada, na presença do Rei Auweyida. Depois da integração ao protetorado alemão das Ilhas Marshall, Nauru é anexado à Nova Guiné Alemã, em 1906, depois de uma nova divisão administrativa e no mesmo ano começa a produzir fosfato por uma empresa anglo-alemã.
A administração alemã ainda era extremamente baixa, porém, com um grau de autonomia. Assim, a partir de 14 de julho de 1908, um escritório postal foi inaugurado em Nauru, com os seus próprios selos para obliterar a carta de seus cidadãos. O escritório postal encerrou em 8 de novembro de 1914, na consequência da ocupação britânica. 
Hoje em dia Nauru (assim como Tuvalu) faz parte da Comunidade Britânica.

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